- Fiscalização de uso ilegal de venenos
Esta ação será levada a cabo pelo Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA/GNR). Serão criadas equipas com cães, que depois de treinados irão detetar iscos envenenados deixados nos terrenos com o objetivo de controlar os predadores terrestres, acabando por ser consumidos pelas aves necrófagas.- Correção de linhas elétricas
Com base na recolha de dados ao longo do projeto, está prevista a correção das linhas elétricas consideradas mais perigosas para as rapinas em causa (mais próximas de ninhos de águias ou de zonas de concentração de abutres). As correções serão realizadas pela EDP Distribuição, em Portugal e em Espanha através da Iberdrola e Red Eléctrica de España. De modo a proporcionar mais alimento às aves necrófagas abrangidas pelo projeto, pretende-se colocar carcaças, desperdícios de talho ou outros sub-produtos animais em zonas pré-definidas e preparadas com campos de alimentação. Noutros casos, serão efetuadas acções de alimentação suplementar direcionadas para alguns casais de águia-perdigueira, de modo a garantir a presença de casais reprodutores e/ou aumentar o seu sucesso reprodutor.Serão adquiridas propriedades rurais pelos parceiros do projeto, que serão destinadas exclusivamente para fins de conservação, prevendo-se a realização atividades de gestão de habitat e de educação ambiental- Fomento de espécies-presa
Pretende-se promover o mosaico de habitats, efectuar reflorestações e implementar sementeiras de cereais e leguminosas, que vão servir para promoção das populações-presa da águia-perdigueira – coelhos e perdizes. Também serão recuperados e repovoados vários pombais tradicionais para fixar e aumentar populações de pombo das rochas, outra importante presa da águia-perdigueira
- Promoção do pastoreio extensivo
Será também relançado o pastoreio de percurso de pequenos ruminantes, essencialmente ovinos e caprinos. O pastoreio extensivo contribui ele próprio para a manutenção das áreas com plantas anuais, através do controlo dos rebentos de arbustos e outras lenhosas, favorecendo as espécies-presa da águia-perdigueira.- Divulgação de produtos locais
Será definida uma estratégia de divulgação nacional de produtos e serviços das áreas abrangidas pelo projeto, com o objetivo de valorizar a paisagem, agricultura e pecuária sustentáveis da região. Alguns exemplos são a produção de carne com origem certificada, a promoção do turismo ecológico, entre outros. Estes produtos serão também o cartão-de-visita de uma região rica em valores naturais e de um exemplo de desenvolvimento sustentável.O envolvimento das populações locais nos objetivos de conservação e a sensibilização ambiental são também dois objetivos essenciais do projeto. Para além das ações educativas nas escolas e visitas de campo para o público escolar, reconhecidamente uma das melhores formas de captar a atenção das comunidades locais, será também essencial um trabalho em estreita parceria com grupos profissionais e amadores que fazem uso simultâneo da paisagem rural: agricultores, pastores, caçadores, pescadores e operadores de turismo. Está prevista uma abordagem específica dirigida a cada um destes grupos e a criação de uma rede de proprietários aderentes ao lema “propriedades livres de veneno”.- Para mais informações sobre as ações para o público escolar consulte o menu Educação Ambiental
O LIFE é também um instrumento privilegiado para a produção de informação científica, por isso em 2018 está prevista a organização de um seminário internacional com o intuito de difundir o conhecimento produzido sobre as espécies-alvo e a eficácia das opções de conservação. Pretende-se dar a conhecer os trajetos de dispersão e zonas de invernagem do britango, informação que se espera obter a partir de aves equipadas com emissores GPS. Também serão abordados os efeitos dos campos de alimentação suplementar nas populações de britango, censos atualizados, a perceção das populações locais em relação a venenos e contaminação direta e indireta nas aves de rapina.- Planos e guias de boas práticas
Finalmente, no final do projeto pretende-se ter um plano de ação transfronteiriço para o britango, documentos-guia de “Boas Práticas” para atividades económicas na área e para as linhas elétricas, eólicas e unidades agropecuárias nas áreas ecologicamente sensíveis, além de uma proposta de alargamento da ZPE do Douro Internacional e Vale do Águeda. Estes documentos serão importantes para o ordenamento e conservação na região.
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